Das memórias dissipadas,
Distantes e borradas,
Jaz o antes signo,
Pétrea certeza,
Um sorriso.
Melancólico fim,
As memórias já não são.
Desenervadas, cauterizadas,
Houveram.
Em outra vida.
Pessoas passam em um bonde.
(ou será um metrô?)
Esquecem-se de si mesmas.
Importa mais não esquecer a próxima parada.
Tolas, e se não houver?
Haverá o esquecimento.
Escrevo para não esquecer
O paradoxo profundo
Das inquietudes desta vida,
Da serenidade deste céu azul,
E de que os mortos não choram.
Matheus de A. Queiroz
Nenhum comentário:
Postar um comentário