Começo esse blog com um poema de Carlos Drummond. Muito bonito e cotidiano. Assim como a poesia deve ser. Bonita e cotidiana. Afinal, somos a soma dos dias bons e dias maus, do cotidiano.
Sentimental
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam esse romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
— Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
“Neste país é proibido sonhar.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário