Andarilho
Tenho saudades.
Saudades do que não vivi.
Das velhas coisas de uma outra infância.
De uma outra vida.
De uma outra vida que não vivi.
Lembranças que acontecem.
Memórias de um passado.
Remoto, mas tão presente.
Que cirandam diante destas janelas.
E saem à porta desta casa.
E, ao fim do dia.
Quando o Sol se põe sob a terra molhada.
Ponho-me a andar.
Andar sobre trilhos.
E o caminho é cansaço.
A vida é curta.
Tão curta.
Como o pôr-deste-sol.
Matheus de A. Queiroz
Nenhum comentário:
Postar um comentário